Desafios da compra de imóveis em 2025

O mercado imobiliário brasileiro tem enfrentado desafios significativos para atender às demandas da classe média. Embora essa faixa da população represente mais de 50% dos domicílios no país, observa-se uma escassez de lançamentos imobiliários direcionados a esse segmento. Em 2024, a participação de imóveis destinados à classe média nos lançamentos caiu de 65% no segundo trimestre de 2023 para 45% no mesmo período de 2024.

Um dos principais fatores que contribuem para essa lacuna é o cenário econômico atual. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para conter a inflação, o que resultou em um aumento nas taxas de juros dos financiamentos imobiliários. Consequentemente, o custo do crédito imobiliário tornou-se mais elevado, dificultando o acesso da classe média à compra da casa própria.

Diante desse contexto, as incorporadoras têm adotado uma postura mais cautelosa, direcionando seus investimentos para imóveis de luxo e habitações populares, segmentos considerados menos arriscados. Essa estratégia visa minimizar riscos financeiros em um ambiente econômico incerto.

Como consequência da escassez de novos empreendimentos voltados para a classe média, houve um aumento na demanda por imóveis para locação. Em 2024, o preço médio do aluguel residencial no Brasil registrou uma alta de 13,5%, acumulando um aumento de 53,66% nos últimos três anos, superando a inflação no mesmo período em 32,44%.

Em resumo, a combinação de altas taxas de juros, estratégias conservadoras das incorporadoras e a consequente elevação nos preços dos aluguéis tem dificultado o acesso da classe média brasileira a imóveis próprios, evidenciando a necessidade de políticas públicas e iniciativas do setor privado que promovam soluções habitacionais mais acessíveis para esse segmento da população, enquanto isso não acontece, buscar a moradia fora das regiões metropolitana para aqueles que tem a opção do trabalho on line, ou, a busca de imóveis menores, e com certeza a busca por opções de crédito inteligentes e baratos, como o consórcio, são as melhores opções neste momento.